terça-feira, 26 de outubro de 2010

UMA TEMPORADA NO PARAÍSO

"A sangria da mente
me traz ao juizo
das vitais."

A ENTREGA

Um aborto
gozou a morte
não  sou forte
entrego-me
não gosto
da vida
prefiro buscar
a partida
morte morte morte
que chora nas lágrimas
das velas
negrume intenso
o cheiro forte de incenso
alucina
vejo corvos a cantar
na árvore de galhos secos
e troncos podres
cadáveres no chão
piso neles e não sinto
compaixão
pálidas almas ambulantes
nas noites escuras
andam, ando e ando
encontro no meio da mata
o logar perfeito para o meu túmulo
deito e fecho meu olhos
num sono eterno e profundo.

O REPOUSO DE FLORA

Jogada as traças
Suplicavas aos Deuses
A doce harmonia
Das Flores

O começo foi no entanto
Feliz
Mas agora há
Quem diz
Que o final está
Por vir

Mofo, poeira
E ela fica
Jogada diante
Daquela lareira

Quer sorrir
Quer amar
Mas rosas negras
Vieram brotar
No seu  peito

Flora
Está fora
a espera  de
uma nova era.

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