quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TENSÕES PARANAENSES



Um recorte além artérias


Desviei minha mente para o além
Não queria pensar em ninguém
Mas que é isso ?
Rimas ?
Quão péssimo estou , que me provoca tais pieguices
Estranho estou
Com a face em belas olheiras negras e gigantescas
Que dia de bases soturnas passei
Melhor dizendo : dias
Tudo se resume a tédio
O resto é um belo aborto provocado por Citotec
Rubro e alvo
Nada a dizer nem a refletir
Somente a lamentar .
 


Éter

Infinitas tensões em mim
Tensões musculares , talvez
Não sou mais aquele que vivi ontem
Não tenho mais os amigos que tinha a uma semana atrás
Quem será eu amanhã ?
Um chapado inalando éter e recobrindo-me a verdes paredes gélidas
Seria aquele mendigo que amaldiçoado nas ruas a procura de alguma coisa que ele mal sabe que quer .
Seria talvez um pagão a idolatrar a luz prateada da lua que rompe a  janela do quarto
Num inverno de dias úmidos e quentes
Tão estranho quanto estes dias que me envolve
A vida me passas uma rasteira todos os dias
Um buraco no meu caminho
Um grande abismo
Estou a esmo de mim mesmo
A fenda da mente que regurgita toda esta dor
Aparece nestes dias para me arrasar
Arrastar para o fundo do poço
Um poço de chumbo e mercúrio
Sulforoso caminho até a escuridão
Sinto dizer que o doloroso caminho possui um anestésico
Éter em minhas veias
Eterno caminho para o nada
Um mergulho profundo neste litro.

  Ednilson Clayton Rogerio




Uma noite como qualquer outra

Pude no entanto transitar pela avenida
O caminho porém não me fez bem
A tristeza apoderou-me por inteiro
Era sabido que poderia acontecer isso
Mas eu como muito insistente não me conter  
Minhas veias gelaram diante o vento sul
A depressão mostrou-me toda  a repugnância
Pela vida existente neste corpo
Por que não morrer atropelado por um carro desgovernado
Diante de tanta dor n’alma ?
Por quê ?






Qual o tamanho da dor que sinto agora ?

Imensurável , de uma solidão tamanha
Na qual um azul profundo habitou minha alma de tal forma
Que o mundo conspirou contra mim
Uma sabotagem
Qual dor então habita ?
A negra , que corrói , sombria e fria
Desaba uma tristeza tamanha no meu peito sufocando-me
De uma forma que gaguejo quando falo
O ar fica denso e pesado
Não existem mais passos
Por mais que desejo ficar sozinho
Precisava de alguém ao meu lado
Ao meu lado coisa que nunca tive
Ao meu lado
A dor é tamanha que não tenho anima
Creio que já nasci assim
Seria minha cruz a carregar
É minha cruz a minha espada e meu ócio
Agora sinto muito , mas quanto já senti ? 


through

I wan't to go to the heaven
I wanna stay in the hell
I need to know something
about myself

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